Heráldica

O brasão é o símbolo que representa a freguesia da Moita no qual se encontram representados patrimónios importantes e identificadores da nossa Freguesia.

A 20 de julho de 1994 é publicado no Diário da República o Edital da Junta de Freguesia da Moita que estabelece o Brasão, a bandeira e o selo branco da instituição, segundo o enunciado na Lei da Heráldica, Lei 53/91 de 7 de Agosto, sob parecer positivo da Comissão de Heráldica da Associação de Arqueólogos Portugueses, emitido em 6 de Dezembro em 1993, após aprovada sob proposta da Junta de Freguesia, e ratificada em sessão da Assembleia de Freguesia em 18 de Março de 1994.

Brasão – Escudo de verde, fragata de negro, vestida do mesmo e realçada de prata, navegando sobre uma faixa ondeada de prata, coticada de azul, acompanhada em chefe de meia roda dentada, de negro perfilada de prata entre duas árvores de ouro, nos flancos duas pirâmides de sal, de prata. Coroa em mural de quatro torres de prata, sendo a primeira e a quarta mais pequenas. Listel branco com a legenda a negro e maiúsculas “FREGUESIA DA MOITA”.

Bandeira – Esquartelada de amarelo e verde. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.

Selo Branco – Circular, com peças de escudo sem a indicação de cores e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos onde corre a legenda “Junta de Freguesia da Moita”.
Corpo de Brasão

Representando na parte superior

A indústria tradicional local, cortiça têxteis, extração de sal e ainda as Lezírias Ribatejanas, onde se localiza geograficamente a autarquia, assim como a agricultura que lhe é adjacente.

Na parte inferior

O rio e uma das suas embarcações típicas de região, ligadas ao transporte dos produtos tradicionais, manufaturados nas suas cercanias e à pesca tradicional.

A base terminando em semicírculo a vermelho, representa a tipicidade e a valentia das gentes ribatejanas.

A simplicidade e ausência de cor do listel, representa a pureza e simplicidade do povo desta autarquia.

O Monumento a N.ª Sr.ª da Boa Viagem, a Praça de Touros, o sol/lua.

No logótipo estão presentes os três patrimónios mais emblemáticos da Freguesia da Moita.

O Varino “O Boa Viagem”, que simboliza todo o património histórico e cultural, que são as embarcações tradicionais do Estuário do Tejo, o cais da Moita, o próprio rio com as suas vivências e características próprias, todas as atividades, lúdicas ou comerciais desenvolvidas ao longo dos anos em todo este nosso rio e seu estuário.

Existem registos no Porto de lisboa de que esta embarcação em 1900 era propriedade de Emygdio Gonçalves com a designação de “Marechal Saldanha”.

Em 1980 foi adquirida pela Câmara Municipal da Moita e depois de recuperada, em Setembro de 1981.

Por ocasião das Festas da Vila da Moita, desse ano, foi apresentado à população do concelho, com um novo nome, “O Boa Viagem”, atribuído pela autarquia, tendo em consideração as tradições religiosas locais.

O culto a Nossa Senhora da Boa Viagem, que teve origem na devoção dos marítimos, tal como o próprio nome indica, foi adotada pelos habitantes locais (registos remontam ao Séc. XV) como a protetora dos viajantes do mar e pescadores. O conjunto escultórico que desde setembro de 2013, decora o cais da Moita, reúne a proa do referido varino e a imagem da padroeira.

Todos os anos, em Setembro, é-lhe prestada homenagem com a realização das festas populares em sua honra, tendo este evento sido criado para agradecer as graças obtidas e pedir a sua bênção e proteção para mais um ano de trabalho com que os marítimos se iriam deparar, ou que ainda hoje se mantém.

Tem um significado profundo e abrangente para as gentes desta terra, que têm, na sua génese, uma estreita ligação ao rio, sobretudo a quem dele faz a sua segunda casa.

Noutro plano, apresenta a Praça de Touros Daniel do Nascimento. Trata-se de um marco nas tradições tauromáquicas da Moita, representando as festas populares, as largadas, as entradas e as corridas de touros, bem como outros acontecimentos taurinos adotados pelos nossos antepassados.

Representa também as restantes tradições campestres de caráter lúdicas ou comerciais, tal como a atividade equestre e a produção agropecuária.

A Praça de Touros Daniel do Nascimento, foi construída em 1950, para substituir a extinta Praça de Toiros da Caldeira (localizada na Atual Avenida Marginal) que tinha sido considerada sem condições para a prática de espetáculos, em 1948.

Possui pátio de cavalos, curros, enfermaria e capela e, na fachada principal, um painel de azulejos com o nome da praça, Daniel do Nascimento, gesto que serviu para homenagear aquele bandarilheiro moitense.

Com o sol/lua quisemos agradecer e homenagear os nossos antepassados pela herança que nos foi concedida e que orgulhosamente pretendemos perpetuar todo o seu legado, construindo um futuro promissor pelo nascer de um novo dia.